Transplante capilar fio a fio

Um tratamento eficaz para a calvície

O que é Transplante capilar fio a fio?

Calvície é uma forma de alopécia caracterizada por uma gradual e progressiva perda de cabelos devido a fatores hereditários. O tipo mais comum de calvície masculina é a alopecia androgenética, (AAG) ou calvície de padrão masculino. Ocorre em aproximadamente 50% dos homens na sua fase adulta. A calvície feminina é tão comum quanto a masculina, porém menos severa, e de uma apresentação clínica totalmente diferente. O início é gradual e pode atingir cerca de 25% das mulheres entre 25 e 40 anos, e 50% das mulheres acima dos 40 anos de idade podem apresentar algum grau de calvície.

Existem vários tipos de calvície e que tem a sua origem em diferentes causas. A grande maioria das pessoas não sabe, mas podemos perder em média 50 a 100 fios de cabelos por dia, o que é normal. Sempre que um fio cai, ele é substituído por outro no mesmo folículo, dando início a um novo ciclo de crescimento. Porém, com o passar da idade, o crescimento dos cabelos tende a ser mais lento e/ou até mesmo parar, o que pode resultar  em graus variados de calvície. Outros fatores como mudança hormonal, dieta, medicamentos, estresse, hereditariedade, gravidez, cuidados impróprios com os cabelos e certas doenças podem causar a queda de cabelo.

A calvície é mais frequente em homens do que em mulheres. Uma das principais causas da calvície nos homens está relacionada ao hormônio masculino TESTOSTERONA. Este hormônio , quando  sofre a ação da enzima  5alfa-redutaze é convertido em dihidrotestosterona (DHT) e age no folículo capilar. O paciente que tem o gene da calvície, apresenta um maior número de receptores para o DHT na parede dos bulbos. Isso faz com que o metabolismo do bulbo seja alterado, e esse fenômeno promove a  redução da produção e da qualidade do fio de cabelo. Assim, a fios se tornam mais finos e mais fracos, contribuindo para que o crescimento dos fios dos folículos capilares sofra uma  diminuição ou mesmo seja interrompido com o passar da idade do paciente.

A denominação deste tipo de calvície é a Alopecia Androgenética ou calvície de padrão masculino. Não só por questões hormonais, como também a condição hereditária, contribuem para o aparecimento deste tipo de calvície, caracterizada pela queda de cabelo nas áreas frontais e na coroa do couro cabeludo.

Outro tipo de calvície é a alopecia areata. Esse transtorno é caracterizado pela perda repentina de cabelo em uma área particular, que cresce de volta depois de alguns meses. A causa exata desse tipo de calvície é desconhecida. Muitos acreditam ser devido a uma desordem auto-imune.

A alopecia tóxica (calvície tóxica) pode ocorrer após uma febre alta ou doença grave. Também é ocasionada devido a doses excessivas de algumas drogas que contenham tálio, vitamina A e retinóides. O pós-parto e doenças da tireóide podem desencadear a calvície tóxica. Este tipo de calvície é caracterizado pela perda de cabelo temporária.

Áreas contendo cicatrizes de queimaduras, ferimentos, infecções por bactérias ou fungos podem impedir o crescimento de pêlos em volta. Este tipo de calvície é chamado de alopecia cicatricial.

A alopecia universal é o tipo mais agressivo de calvície, onde há perda de todo o cabelo e de toda a pilificação do corpo, o que causa muitos transtornos emocionais no indivíduo.

Infelizmente a maioria dos tipos de calvície não tem cura. O uso de injeções de corticóide tem sido útil como forma de tratamento da alopecia areata. Certos medicamentos como o minoxidil, aloxidil e finasterida têm sido usados para estimularem o crescimento do cabelo, dando resultados em uma pequena porcentagem de indivíduos. O que sabemos hoje, é que o melhor tratamento para a calvície, está na associação do tratamento cirúrgico bem feito (microtransplante capilar fio a fio) e do tratamento clinico adjuvante (tricologia) no segmento do pós operatório.

DIAGNÓSTICO

O diagnóstico é feito durante a consulta médica, onde exploramos a história pregressa do paciente em relação à aspectos hereditários para a calvície, histórias de doenças sistêmicas ou doenças do couro cabeludo. No exame clínico poderemos identificar aspectos importantes sobre a qualidade da pele, a qualidade do fio de cabelo,o padrão de implantação do fio, a angulação do fio de cabelo, e também a extensão da área a ser tratada.

Na proposta terapêutica, que envolve tanto os aspectos da cirurgia  quanto os aspectos clínicos, eu procuro explicar aos pacientes o passo a passo do tratamento cirúrgico, e a importância do acompanhamento clínico da área tratada. Estes fatores, quando combinados são os responsáveis pelo sucesso terapêutico.

Classificação de calvície masculina (norwood) e calvície feminina

 

 

Sobre a cirurgia

MARCAÇÃO DO PACIENTE

No momento que antecede o inicio da cirurgia propriamente dita, realizamos a marcação do paciente. Delimitamos e marcamos a área receptora (a que vai receber os bulbos) e a área doadora. Os limites de marcação da area receptora vão depender de alguns fatores como o grau de calvicie do paciente e a altura de implantação capilar . Maiores detalhes sobre esta marcação serão realizados durante a consulta. Já a marcação da área doadora (a que vai fornecer os bulbos para o transplante) pode ser diferente.

Quando indicamos a técnica de Faixa, a marcação da área doadora é realizada na região posterior da cabeça/occipital, em uma faixa estreita e longa, com uma caneta especial.

Quando  indicamos a técnica de FUE a área doadora costuma se muito mais abrangente e pode se delimitada em toda região posterior da cabeça em uma zona chamada de “ zona de segurança” (tudo isso é discutido e explicado na consulta especializada). Neste último caso, precisamos realizar a tricotomia – corte dos fios de cabelo da área doadora com aparelho elétrico.

ANESTESIA

Após a preparação da área doadora e marcação da área receptora, o  paciente é encaminhado ao centro cirúrgico onde se inicia o procedimento de transplante capilar fio a fio. A escolha do tipo de  anestesia a ser realizada, é feita em comum acordo entre o medico, o paciente e a equipe de anestesia e basicamente podem ser:

  • LOCAL + SEDAÇÃO
  • VENOSA TOTAL COM GERAL

O ATO CIRÚRGICO PRINCIPAL

Uma vez o paciente marcado, anestesiado, o procedimento cirúrgico então se inicia. Durante a sua consulta especializada explicaremos com detalhes os principais tempos cirúrgicos para os diferentes tipos de técnicas que poderemos empregar. Esta prática faz com que você se sinta mais seguro e confortável na escolha do tipo de procedimento que iremos realizar e este é um fator fundamental  para o sucesso da cirurgia.

Quando utilizamos a técnica de faixa , realizamos a retirada cirúrgica de uma faixa pré-marcada do couro cabeludo, da área doadora. Dentro desta faixa capilar encontram-se os bulbos/fios de cabelo que serão dissecados um a um. Dependendo da elasticidade da área doadora, esta faixa pode ter entre 1,0 a 1,5 cm de largura e 20 a 25 cm de comprimento.

Uma vez então retirada a faixa de cabelo com os bulbos, esta é entregue à minha equipe de instrumentadoras, que executam a dissecção, separação e preparo dos bulbos para o transplante. Para esta finalidade, utilizamos microscópios de ultima geração (MANTIS), que promovem a magnificação da imagem, o que favorece a dissecção anatômica precisa dos bulbos.

Quando indicamos a técnica de FUE, o procedimento de coleta dos bulbos é diferente. A retirada dos bulbos é feita com um punch motorizado. Após a retirada cuidadosa dos bulbos da área doadora, estes são então encaminhados à minha equipe de instrumentadoras, para que as mesmas realizem a inspeção e preparo dos bulbos para serem transplantados para a área receptora.

Independente da técnica que escolhermos para a sua cirurgia, a realização do transplante capilar fio a fio, deve ser executada seguindo estreitas normas de conduta e cuidados, que por si só já são diferenciais para o sucesso no resultado, a saber:

  • Correta manipulação dos bulbos no momento de introdução dos mesmos na área receptora
  • O uso de lentes especiais para magnificação da imagem (enxergar com nitidez o que estamos fazendo)
  • Respeitar a correta angulação e sentido de implantação dos fioS de cabelo
  • Respeitar a distância correta de implantação dos bulbos (peculiar a cada paciente)
  • Controlar o “popping out” (bulbos que se desprendem/pulam da sua área de implantação inicial  quando da implantação de outros ao seu redor)
  • Controlar o sangramento com uma correta infiltração local
  • Respeitar o limite de bulbos que podem ser  retirados na técnica de FUE, dentro de um perímetro pré determinado , evitando-se assim grandes áreas de rarefação capilar pós cicatricial. Trabalhar dentro da chamada “zona de segurança” para o FUE.
  • Realizar a correta remoção dos bulbos com a técnica de FUE, evitando-se assim a lesão dos bulbos na sua porção mais profunda

TÉCNICA CIRÚRGICA – QUAL A SUA INDICAÇÃO ?

Existem muitas dúvidas sobre as técnicas cirúrgicas utilizadas no transplante capilar, e resumidamente vamos falar um pouco sobre cada uma delas. Basicamente utilizamos 2 técnicas consagradas ou uma associação das mesmas, a saber:

  • FUT
  • FUE
  • FUT+FUE

SOBRE A TÉCNICA FUT

Técnica que remove uma faixa de tecido do couro cabeludo, na parte de traz da cabeça/área doadora (occipital) deixando uma cicatriz linear no local. Na sequência, e utilizando-se de microscópios especiais, todos os bulbos contidos nesta faixa  são dissecados e separados  para que, de forma cadenciada, sejam utilizados no microtransplante capilar fio a fio.

Indicações:

  • Maioria dos casos
  • Áreas de calvície moderadas e principalmente as  extensas
  • Todos os tipos de cabelos (relacionados a qualidade e aspecto dos fios)
  • Bulbos retilíneos e/ou tortuosos
  • Elasticidade de pele normal e/ou aumentada
  • Densidade capilar na área doadora diminuída ou normal

Contra-indicações:

  • Paciente não deseja cicatriz linear
  • Área doadora com densidade muito pobre (cicatriz aparente)

Vantagens:

  • Paciente não precisa raspar a cabeça
  • Bulbos são dissecados de forma mais rápida e fácil através dos meios de magnificação de imagem (microscópios avançados)
  • Melhor viabilidade dos bulbos
  • Melhor visualização das unidades foliculares (bulbos)
  • Resultados efetivos com poucas sessões de transplante capilar quando falamos de grandes áreas a serem tratadas
  • Resultados mais seguros
  • Menor % de perda de bulbos/fios no pós operatório

Desvantagens:

  • Deixa uma cicatriz linear na região posterior da cabeça

Considerações: Esta técnica é a técnica mais consagrada e mais indicada em todos os serviços que realizam o  transplante capilar. Ela prioriza o “RESULTADO SEGURO”. Mesmo que deixemos  uma cicatriz linear (localizada na parte de traz da cabeça) teremos o controle absoluto sobre a faixa retirada e sobre a dissecção dos bulbos com os microscópios. Neste caso, teremos um número maior de bulbos de qualidade, que foram  dissecados de forma simples e segura, proporcionando assim resultados cirúrgicos mais efetivos e controlados.

SOBRE A TÉCNICA DE FUE

Técnica de extração folicular única, onde utilizamos um “PUNCH MOTORIZADO” para a remoção individual dos bulbos (unidades foliculares). Com este técnica, podemos utilizar punchs de vários diâmetros . A escolha do diâmetro correto do punch respeita uma série de premissas que são avaliadas durante a consulta especializada. Quanto maior o diâmetro do punch utilizado, mais fácil é a retirada do bulbo porém  maior será a cicatriz no local da área doadora (cicatrizes puntiformes). Quanto menor o diâmetro do punch, menor será a cicatriz no local da remoção do bulbo  e mais difícil será a retirada segura do bulbo. Portanto, a escolha correta do diâmetro do punch a ser utilizado  é uma etapa importante , quando indicamos a técnica de FUE, sendo portanto, um fator determinante no sucesso da cirurgia e na qualidade da cicatriz no local de remoção dos bulbos (unidades foliculares).

Indicações:

  • Indicada em menor número de casos de “forma isolada”
  • Pequenas áreas de calvície a serem cobertas
  • Cabelos de haste firme e de bom diâmetro
  • Elasticidade na área doadora normal ou diminuída
  • Pacientes que não desejam cicatriz linear
  • Bulbos retilíneos

Vantagens:

  • Não deixa cicatriz linear
  • Deixa cicatrizes puntiformes e difusas

Desvantagens:

  • Maior tempo cirúrgico (extração folicular única)
  • Menor número de bulbos que poderão ser retirados devido ao limite de tempo cirúrgico
  • Paciente precisa raspar a cabeça
  • Retirada individualizada do bulbo é mais difícil  quando utilizamos punchs de diâmetro pequeno para priorizar cicatriz pequena
  • Maior perda de bulbos devido à complexidade de remoção dos bulbos (risco de lesão da base do bulbo) quando priorizamos punchs de diâmetro menor visando cicatrizes menores
  • Risco maior de insatisfação com o resultado quando a técnica é indicada de forma isolada devido ao risco de maior perda de bulbos

Contra-indicações:

  • Grandes áreas a serem cobertas
  • Bulbos tortuosos e de haste irregular
  • Fios de cabelo muito finos (menor do que 45 microns)
  • Folicoscopia (densidade capilar muito baixa)
  • Pacientes melanodérmicos (risco de cicatriz queloideana)
  • Pele da área doadora muito elástica (dificulta o trabalho do punch)

Considerações: A técnica de transplante capilar FUE , indicada de forma isolada , é um procedimento realizado  em casos selecionados e que se encaixam nos  pré-requisitos mencionados acima. É verdade que a técnica de FUE deixa cicatrizes menos aparentes na área doadora , porém , também é sabido que a  extração folicular única resulta em uma  maior porcentagem de perdas dos bulbos no pós operatório , quando comparada com a técnica de FUT.

A seleção correta do paciente, uma explicação objetiva e clara  sobre as vantagens e desvantagens desta técnica , são mandatórias aos pacientes que desejam ser submetidos ao transplante capilar com a técnica isolada de FUE.

SOBRE A TÉCNICA COMBINADA (FUT + FUE)

Recentemente, estamos indicando ,em um maior número de pacientes, a combinação das duas técnicas cirúrgicas, ou seja , utilizamos num mesmo tempo cirúrgico a técnica de FUT e de FUE. Para isso, posicionamos a cicatriz linear (FUT) numa área mais central da cabeça em sua porção posterior, e nas laterais (regiões temporais) realizamos a técnica de FUE. Sabemos que a cicatriz linear é mais percebida  nas regiões temporais (laterais da cabeça) em alguns casos, principalmente em pacientes submetidos a mais de uma etapa de transplante capilar com a técnica de FUT, portanto a associação neste caso pode ser benéfica.

A associação das duas técnicas também pode estar indicada  para a complementação do tratamento, em grandes áreas de calvície, naqueles pacientes que desejam fazer “apenas uma etapa de transplante capilar”. Neste último caso, a decisão de associarmos as duas técnicas deve ser analisada de maneira bem criteriosa em relação ao risco x benefício desta escolha, ou seja, avaliarmos os resultados que podermos alcançar versus  o risco cirúrgico aumentado devido ao tempo cirúrgico maior.

CONSIDERAÇÕES FINAIS

A escolha de uma ou outra técnica, ou mesmo a associação das duas,  é uma decisão individualizada que será discutida com o paciente durante a sua consulta medica especializada. Todas a técnicas tem suas vantagens, suas desvantagens, suas indicações e contra indicações.

O mais importante durante a consulta médica é sabermos quais são os REAIS OBJETIVOS e as REAIS PREOCUPAÇÕES dos pacientes candidatos à um transplante capilar fio a fio . Sempre fazemos a seguinte pergunta: O QUE ELE DESEJA ALCANÇAR COM O TRANSPLANTE CAPILAR FIO A FIO ?

  • O paciente deseja priorizar uma cicatriz menor/menos aparente, aceitando às vezes uma perda, no resultado geral,  maior ao final de um ano de cirurgia ?

       OU

  • O paciente deseja priorizar um resultado cirúrgico seguro e efetivo, mesmo que para isso ele tenha uma cicatriz maior ao final de um ano de cirurgia?

Independente da escolha de uma ou outra técnica, sempre teremos que “trabalhar” na mente dos pacientes  a questão da “troca compensatória”, ou seja, se ganhamos por um lado escolhendo determinada técnica, por outro lado teremos algum revés desta mesma escolha… você vai entender isso durante a consulta médica!!!

Pré-operatório

Todos os pacientes, antes de serem submetidos ao tratamento cirúrgico em si, são preparados do ponto de vista pré operatório, que envolvem exames laboratoriais , exames de imagem (Rx torax/eletrocardiograma, etc) e o risco cirúrgico e pré anestésico.

Os tratamentos cirúrgicos são realizados em ambiente hospitalar com toda infra estrutura e segurança. Por ser um procedimento de longa duração é importante tomarmos medidas profiláticas adequadas em todos os casos, tais como o posicionamento adequado do paciente na mesa de cirurgia, o uso de meias compressivas e o uso de botas pneumáticas (evitarmos fenômenos tromboembólicos).

Pós-operatório

O pós operatório do transplante capilar, independente da técnica escolhida (FUT, FUE OU FUT+FUE) segue estritas normas de cuidados. Todos os pacientes recebem ao final do procedimento , antes da sua alta hospitalar, orientações por escrito de como se comportar no pós operatório durante as primeiras 4 semanas (totalizando 1 mês de pós operatório).

Basicamente escolhemos um xampu especial para ser usado na área receptora (recebeu os bulbos) e uma sabonete liquido específico para a área que retiramos os bulbos (área doadora). Estes são utilizados durante o período de 1 mês.

Todos os pacientes utilizam por uma semana um antibiótico profilático e 3 medicamentos analgésicos para que os mesmos tenham um pós operatório tranquilo e seguro.

Durante o acompanhamento pós operatório, podemos observar  em alguns pacientes, determinadas “alterações/inflamações” dos bulbos transplantados. Estas alterações podem estar presentes no período que compreende o primeiro e segundo mês de pós operatório. Elas são  inerentes à integração dos enxertos transplantados para a área receptora. Como exemplo, podemos citar as foliculites e inflamações locais da pele durante esta  fase de integração folicular. O acompanhamento rigoroso do paciente durante esta fase é fundamental. Uma vez identificadas estas alterações, as mesmas devem ser tratadas de forma efetiva, a fim evitarmos a perda de bulbos e com isso  garantirmos os resultados ao final de um ano de cirurgia.

Os retornos de pós operatório são programados, e acompanhamos os pacientes até o primeiro ano da data da cirurgia.

Os resultados são realmente alcançados após um ano da realização da cirurgia. Após este período de 1 ano,  teremos certeza da efetiva cicatrização da área doadora (volta da elasticidade da área doadora) e a efetiva integração dos bulbos na área receptora.

A indicação para a realização de uma nova etapa de cirurgia de transplante capilar, pode ser feita após um ano da primeira cirurgia nos casos onde utilizamos a técnica de FUT. Nos casos onde indicamos isoladamente a técnica de FUE, este período pode ser menor, podendo chegar a 6 meses da data da primeira etapa.

RESULTADOS

São fatores que interferem no resultado final da cirurgia:

  • Correta identificação da causa da queda de cabelo – existem pacientes que o tratamento é clínico e não cirúrgico. Ex.: Alopécia Areata.
  • Idade de início do tratamento – quanto mais cedo pudermos diagnosticar e tratar o paciente melhor
  • Respeitarmos a angulação e direção previa dos fios de cabeço, no momento do transplante capilar (melhora a densidade e mantém a harmonia entre os fios)
  • Qualidade do fio de cabelo – cabelos mais espessos tem melhor resultado de cobertura e densidade quando comparados com pacientes de cabelos mais finos
  • Tamanho da área a ser tratada (classificação do grau de calvície) – quanto maior a área de calvície, maior será a necessidade de sessões subsequentes

Os resultados do transplante capilar portanto dependem de uma série de fatores como foi abordado acima. Dependem muito da técnica escolhida para o procedimento, seja ela a FUT, a FUE, ou a associação das duas – FUT + FUE.

Somente após um ano da data da cirurgia é que poderemos conhecer o resultado final do procedimento, e a partir daí avaliaremos se será necessário a realização de uma nova sessão/etapa de transplante capilar.

A cirurgia de transplante capilar é um procedimento fascinante, podendo ser comparado a um trabalho artesanal , um verdadeiro “ trabalho de arte“. Devermos sempre observar alguns quesitos de sucesso para o transplante capilar:

  • Domínio da técnica e destreza cirúrgicas,  por parte do cirurgião plástico, são fundamentais para o sucesso em transplante capilar
  • Uso da tecnologia a seu favor (punchs motorizados)
  • Uso de aparelhos de magnificação da imagem (microscópios de última geração para dissecção dos bulbos – marca Mantis)
  • Equipe de transplante capilar experiente e treinada (cirurgião / instrumentadoras / assistentes)
  • Escolha correta da técnica cirúrgica, suas implicações e possíveis resultados
  • Paciente devidamente orientado e ciente dos detalhes sobre todos os procedimentos a serem realizados e das particularidades de cada técnica cirúrgica
  • Realização de cirurgias em ambientes hospitalares que priorizam a qualidade, o conforto do paciente  e a segurança no procedimento
  • Seguir corretamente todos as orientações de pós operatório

SOBRE TRATAMENTO CLINICO E PREVENTIVO

Além do tratamento cirúrgico é importante enfatizarmos a importância do tratamento clinico e preventivo da calvície. O papel da Tricologia nos dias de hoje, é fundamental no acompanhamento dos pacientes jovens e dos pacientes adultos sabidamente candidatos ao tratamento cirúrgico.

Uma avaliação pormenorizada dos fios de cabelo e do couro cabeludo pode ser realizada no pré operatório. Trabalhamos de forma integrada , em nossa clínica, com uma equipe muldisciplinar de especialistas nas áreas  de tricologia e dermatologia.

Os pacientes jovens, entre 18 a 25 anos, que muitas vezes nos procuram, e que sabidamente apresentam herança genética para queda capilar, nós indicamos inicialmente o tratamento clínico.

O tratamento clínico tem como objetivo prevenir e/ou controlar a queda capilar. Apesar de jovens (entre 20 a 25 anos), alguns pacientes, com perda agressiva dos fios de cabelo, já apresentam indicação para o transplante capilar. Daí a importância do acompanhamento destes pacientes para identificarmos o melhor momento para o tratamento cirúrgico.

O tratamento clínico, quando indicado, é conduzido pelo departamento de dermatologia e tricologia da clínica.

Os medicamentos mais utilizados para prevenção e controle da queda capilar são:

  • FINASTERIDA 1mg
  • MINOXIDIL/ALOXIDIL
  • NUTRICOSMÉTICOS PARA OS FIO DE CABELO


RESUMINDO:   “ Os trabalhos mostram que os
melhores resultados , no

                                 tratamento da calvície,  estão relacionados à um tratamento

                                 cirúrgico bem realizado, associado á um correto tratamento

                                 clínico/preventivo no pós operatório”

 

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